sentado na cama do seu quarto o pequeno rapaz de doze anos interrogava-se porque é que a vida teria de ser assim, injusta e cruel ao ponto de tudo lhe estar a acontecer daquela maneira. primeiro os seus amigos, aqueles que supostamente eram os mais chegados, depois os mais afastados mas naquela altura igualmente importantes e naquele momento tudo teria dado uma reviravolta e só aqueles que estão longe é que lhe dão apoio! ao fim ao cabo pensando poder confiar nas pessoas que lhe eram chegadas acabou por dar em desilusão e arrependimento, e este ... para a vida. naquela altura só pensava como e que o seu coração o podia ter enganado daquela maneira! mas depois descobriu que não foi o coração que o enganou, mas aquelas pessoas que eram boas, até o dia, até ao dia em que se viraram contra ele de tal maneira que nem se quer o deixavam abrir a boca para se defender pois ele dizia «mas» e já todos estavam em berros e a dar-lhe encontrões, nessa altura ele viu-se com um amigo, ou por outra, um suposto amigo, a quem ele achava que podia contar tudo, mas não deveria era ter contado nada, pois este para «se dar bem com os gregos e o troiano» ia buscar informação ao lado do rapaz (o troiano) e ia dar aos gregos, e fazia o inverso. passou-se tempos e tempos, e ele uma coisa tinha a certeza, não o deixaram falar e ele não tinha feio nada, logo não iria pedir desculpa a ninguém, passasse-se o que se passa-se. as únicas palavras que ele tinha para se dirigir aqueles que agora se tinham virado contra ele era «bom dia» ou «boa tarde», já nem se despedia, apenas era bem educado à entrada e mesmo assim custava-lhe pois estes nem à entrada o eram! passaram-se tempos, e as coisas foram fluindo, e ele sempre com o mesmo pensamento na cabeça «eu não fiz nada, querem falar comigo que venham mas eu nunca irei pedir desculpa pelo aquilo que nunca fiz», e o que ele dizia , aconteceu , foram falar com ele e quando o ouviram calmamente, pediram-lhe desculpa, ele aceitou mas nunca o fez, mas lembrando-se sempre, «estes meteram os pés no chão, então os outros? eu continuo na minha, lá por ter feito as pazes com estes não quer dizer que vá pedir desculpa aos outros» e não o fez ! voltou-se a passar mais tempo, e o rapaz de doze anos iria agora fazer treze, e as pessoas que ainda não voltaram a falar com ele , dirigiram-se e deram-lhe os parabéns, ele ficou impressionado, mas ao mesmo tempo, não ligou minimamente ao que se passara, pois aquilo seriam apenas flores para disfarçar a terra queimada. voltou-se a passar mais tempo, e eles como se o arrependimento matasse começaram a falar com ele, continuando ele sempre com o memso lema ele nunca iria pedir desculpa, e continuou sem nunca o fazer, por fim, no verão ja quase todos falavam com ele, havia gente que ele sempre dissera, esses nao me interessa, mas de resto todos ja falavam com ele, e ele por fim pensou, se o arrependimento matasse e pensamento falasse vocês estavam mortos e já me tinham pedido desculpa à muito tempo.
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